O supervisor técnico do Escritório Regional do Dieese em São Paulo, Victor Pagani, esteve no seminário híbrido (presencial e online) da Campanha Salarial 2023 dos Farmacêuticos, realizado pela Fetquim nesta segunda-feira, 6 de fevereiro.
Victor apresentou um panorama do setor e dados econômicos de base para as negociações.
Os dados econômicos confirmam que não há crise no setor e servem como base para a definição da pauta econômica da Campanha Salarial 2023 dos Farmacêuticos.
Em 2022, o faturamento líquido da indústria farmacêutica brasileira cresceu 16,3% em reais e 19,4% em dólares. O crescimento esperado para 2023 é de 10%.
O Mercado Total Farmacêutico (PMB – Pharmaceutical Market Brazil) registrou crescimento em R$: 18,1% em 2022 (R$ 170 bilhões), contra 14,5% em 2021, uma variação de US$: 23,5% em 2022 (US$ 33 bilhões) contra 8,9% em 2021.
Também houve crescimento em unidades (caixas vendidas): 7,9% em 2022 (5,3 bilhões), contra 4,81% em 2020.
A indústria farmacêutica opera hoje com 78,7% de capacidade instalada, ou seja, de ocupação. O número de contratações também cresceu. Foram 1.564 novas vagas no estado de São Paulo e 5.716 em todo o País.
A remuneração média no setor farmacêutico ficou em R$ 8.538,22 para homens e R$ 7.934,93 para mulheres.
No recorte entre negros e não negros a disparidade assusta e nos revela a importância da luta contra o racismo, a favor das cotas nas universidades e pela equanimidade social. Enquanto o salário médio de não negros é de R$ 9.242,81 o de não negros chega a R$ 5.488,93.
A Campanha Salarial 2023 do Setor Farmacêutico deste ano discutirá apenas cláusulas econômicas, uma vez que as cláusulas sociais já foram negociadas antecipadamente na campanha anterior.
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Com informações da Fetquim