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Fila do auxílio-doença do INSS sobe 120% com postos fechados

10/07/2020 às 15h37

Convenção Coletiva do Setor Químico garante complementação ao trabalhador acidentado

Reportagem do Jornal Agora destaca que a quantidade de segurados do INSS à espera de um benefício por incapacidade aumentou 123% após a interrupção do atendimento presencial devido à quarentena de combate à Covid-19, segundo relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) para acompanhamento da crise.

“Em fevereiro, o estoque de pedidos era 244,8 mil. Em maio, a fila de espera por benefícios por incapacidade aumentou para 545,9 mil requerimentos. Mais de 90% dessa fila é composta por pedidos de auxílio-doença’, informa o jornal.

Perícia

As perícias médicas deixaram de ser realizadas em março, com o fechamento das agências da previdência devido ao isolamento social. Para receber o auxílio-doença, por exemplo, o trabalhador/a precisa de uma avaliação da sua capacidade para o trabalho por um perito da Previdência. 

Durante o período de interrupção do atendimento, o INSS tem antecipado R$ 1.045 para segurados que querem o benefício após a análise de laudos médicos enviados pela internet, por meio do Meu INSS.

Quando as perícias forem retomadas, se houver direito a um auxílio com valor maior, o segurado receberá a diferença.

TCU

De acordo com a reportagem, o TCU avalia que 268,9 mil casos de pedidos negados foram contados como pendentes pelo INSS. “O Tribunal considerou que os critérios utilizados pelo INSS para a antecipação de R$ 1.045 são diferentes do que estabelece a legislação, que considera a perícia etapa obrigatória”, prossegue.

Convenção Coletiva dos Químicos garante complementação

O secretário geral e de imprensa do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo José (Paulão), pontua que a Convenção Coletiva da área química, na sua cláusula 17, garante ao trabalhador/a complementação do salário por 330 dias. “Portanto, essa demora do INSS em reconhecer o afastamento, deve ser garantida pelas empresas já que a fila do INSS está grande”, afirma.

Retenção deve ter muitos casos de Covid-19

O ex-presidente do Sindicato, Remígio Todeschini, assessor da FetquimCUT, estima que um quarto dos contaminados pelo coronavírus no Brasil são trabalhadores celetistas e que devem estar retidos mais de 150 mil contaminados na fila do auxílio doença. “Dos 10 casos estudados pela UNB/Fetquim sobre trabalhadores químicos e petroleiros com Covid-19, metade deles precisaram ficar afastados entre 40 a 70 dias”, disse.

Para ler a matéria completa do Jornal Agora acesse: https://agora.folha.uol.com.br/grana/2020/07/fila-do-auxilio-doenca-do-inss-sobe-120-com-postos-fechados.shtml

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