Confira artigo da Assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim/CUT
Corte de benefícios poderá representar uma perda anual de 1,2 bilhões de reais para esses segurados, com a supressão de sua principal fonte de renda de sobrevivência.
Escrita por Assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim/CUT
Se não bastasse a perda de 500 mil vidas, meio milhão de brasileiros que foram a óbito devido a necropolítica do governo federal pelo negacionismo, tratamento não científico e criminoso da cloroquina, negação de compra antecipada de vacinas, vem o INSS neste último final de semana (Agora,19/06/21) chamar 700 mil segurados através de cartas ameaçando cortar benefícios.
Guedes a mando de Bolsonaro, com sua política neoliberal e de concentração de renda e quebra de direitos dos trabalhadores, emitiu cartas para que os segurados forneçam documentos para verificação da regularidade de suas aposentadorias, pensões, invalidez e auxílio-doença. Se não houver entrega dos documentos em 60 dias, haverá o corte de benefícios representando uma bilionária perda de renda pra sobrevivência, cerca de 1,2 bilhão para 700 mil segurados, segundo cálculos da Assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim-CUT. Por exemplo, estão sendo enviadas cartas para pensionistas com mais de 80 anos, exigindo documentos atualizados de falecidos há mais de 30 anos, um verdadeiro escárnio.
Em vez de atacar na raiz os problemas do povo brasileiro, com mais políticas de emprego, menores taxas de juro, mais auxílio-emergencial, melhorar os benefícios dos aposentados com valorização do salário-mínimo com reconhecimento de direitos, o governo ataca o direito mais sagrado de nossos aposentados e pensionistas e de quem está doente ou inválido.
Entidades manifestam repúdio a mais essa atitude insana do governo Bolsonaro
Airton Cano, coordenador político da Fetquim e dirigente do SIndicato dos Químicos do ABC, recorda, “No nosso plano de lutas do Congresso decidimos combater incansavelmente esse governo neoliberal que retira direitos e despreza aposentados, pensionistas e os direitos dos trabalhadores. Foi importante a mobilização nacional de todos os movimentos sociais em todas as capitais que colocaram milhares de pessoas nas ruas em maio e agora em 19 de junho. Continua a nossa luta de resistência do FORA BOLSONARO.”
Paulo José dos Santos, o Paulão, Secretário Geral dos Químicos do ABC, afirma referindo-se ao governo Bolsonaro: “Será que ele tá querendo matar mais 700 mil além dos 500 mil que morreram por covid? Nesse governo falta tudo e aumenta a inflação e o povo não aguenta mais essa política ultraliberal, onde faltam políticas sociais com cortes da previdência, educação, saúde, segurança e habitação. O povo tem de ir às ruas para tirar esse desgoverno e sua equipe de incompetentes que promove a morte, a miséria, a fome, o desmatamento e mineração ilegal, as privatizações com perda de soberania. Fora Bolsonaro.”
Para o Secretário de Saúde da Fetquim, André Alves, “o governo quer continuar prejudicando 700 mil segurados, entre os quais aposentados obrigando os mesmos a irem em agências, tendo dificuldades de locomoção, incentivando aglomerações, se não bastasse que Bozo tem espalhado o vírus e é responsável pelas 500 mil mortes pela covid.” André emenda: “num momento que estamos vivendo crise sanitária e grande número de desempregados precisando de renda, o governo não quer salvar vidas, e sim salvar bancos e especuladores, seja vendendo estatais, e piorando a vida dos brasileiros.” André conclama a todos: “O Brasil precisa tirar esse Bolsonaro, são 500 mil brasileiros que se foram em 1 ano e 3 meses de pandemia, e muitos que contribuíram pelo INSS nem terão direito ao Benefício. Fora Bolsonaro Genocida.”
Orientação para os que recebem cartas
Para que não haja o corte de seu benefício é importante, se possível, cumprir a exigência no prazo de 60 dias, para não ter de acionar a justiça federal que é extremamente morosa para o restabelecimento dos benefícios.
Portanto:
• Ao receber a carta cumpra a exigência feita pelo INSS, ou indo na Agência, ou pelo celular através do APP Meu inss.
• Quem não tiver o documento pedido, requisite imediatamente a 2ª. via junto aos órgãos públicos (Poupa Tempo e outros órgãos);
• Em caso de dúvidas é recomendável buscar orientação pelo 135 da Previdência Social.
Com informações de Boletins Estatísticos da Previdência Social e Jornal Agora (19.06.21).