Presente no ato virtual, Lula afirma que país vai superar devastação. Em vários locais do Brasil, foram realizaram faixaços, carreatas, atos e ações solidárias
Vídeo: Cadu Bazilivesk/Sindema
De Norte a Sul, de Leste a Oeste do Brasil, a CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais se uniram no 1° de Maio de 2021 – Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora. Além da divulgação das pautas urgentes da classe trabalhadora, o dia foi marcado por ações de solidariedade, com a distribuição de alimentos para famílias que ficaram sem emprego, sem renda e sem políticas públicas de apoio durante a pandemia do novo coronavírus.
Em São Paulo foram realizadas carreatas na capital, no Grande ABC e em várias cidades do interior e no Grande ABC. A participação da categoria química do ABC ficou registrada no vídeo acima, com o diretor do Sindicato José Freire, atual secretário de Saúde do Trabalhador da CUT-SP.
A live do ato unificado de 1º de Maio da CUT e demais centrais sindicais começou pontualmente às 14h, com apresentação da cantora Ellen Oléria em estúdio, onde parte dos dirigentes sindicais se concentra, enquanto outros participam de forma virtual.
Com o lema “Pela Vida, Democracia, Emprego, Vacina para todos e pelo Auxílio Emergencial de R$ 600, enquanto durar a pandemia”, o terceiro 1º de Maio unitário e o segundo consecutivo em formato virtual, por causa da pandemia que já matou mais de 400 mil brasileiros e brasileiras, teve a participação também da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, de Guilherme Boulos (Psol), do governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) e Ciro Gomes (PDT), entre outros líderes partidários, além de representantes de movimentos sociais (estudantes e trabalhadores rurais).
Todos, sem exceção, criticaram o governo Bolsonaro, sua política genocida e negacionista da pandemia e disserem que com Bolsonaro no comando do país é impossível gerar empregos, cuidar da saúde e melhorar a vida da classe trabalhadora e da população em geral, durante os discursos e depoimentos gravados, exibidos entre as apresentações musicais.
Um minuto de silêncio pelas vítimas da Covid-19
Entre depoimentos e apresentações de cantores, o ato do 1º de Maio Unificado lembrou das 400 mil mortes por Covid no Brasil.
Revolta e medo estão entre os sentimentos dos brasileiros com relação a pandemia do novo coronavírus, disse o ator Paulo Betti, um dos apresentadores do evento. Segundo ele, a ciência disse que tinha jeito, mas não foi isso que vimos no Brasil. “Bastava levar a sério o que estava acontecendo”, completou.
Lula, Dilma e FHC discursaram
O ato virtual do 1º de Maio reuniu, pela primeira vez, também os ex-presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). A primeira presidenta do país lembrou a tragédia por que passa o país e as vítimas do coronavírus. Todos falaram na reconstrução do Brasil e defenderam a geração de emprego e vacina para todos e todas.
A fala do ex-presidente Lula no encerramento do ato foi de esperança ao povo brasileiro, apesar da tragédia econômica, social e sanitária. “Trabalhadores, lutar sempre e desistir jamais”, disse Lula.
“Nós já provamos que existe outro jeito de governar, que é possível garantir a cada trabalhador e a cada trabalhadora um salário digno, a segurança da carteira assinada, do 13º e as férias remuneradas, para descansar, ou viajar com a família. É preciso acreditar que o Brasil pode voltar a ser um país de todos”, lembrou.
Último dos dirigentes sindicais a falar – presencialmente, em estúdio –, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, enfatizou a importância da ciência e da solidariedade para obtenção rápida da vacina. Defendeu o SUS e enfatizou o caráter histórico da data, afirmando que “não há um único direito” que não tenha sido resultado de mobilização dos trabalhadores. Agora, segundo ele, “não há tarefa mais importante para o movimento sindical do que o seu (de Bolsonaro) impeachment”.
Com informações da Rede Brasil Atual, CUT e CUT-SP
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