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Morre trabalhador vítima de acidente de trabalho na Oxiteno Mauá

03/05/2015 às 13h30

Atualizado dia 4 de maio, às 15h50

A empresa Oxiteno, localizada em Mauá, acaba de informar o Sindicato dos Químicos do ABC que o trabalhador Danilo Cantalice foi a óbito neste sábado. Danilo havia sofrido um acidente de trabalho no domingo passado, 26/4, por volta das 20h30.

Segundo informações de trabalhadores, ao terminar de descarregar uma carreta de Fenol, Danilo recebeu uma projeção do produto, sofrendo queimaduras no tórax e no rosto, mesmo usando os equipamentos de proteção (EPIs).

Ele foi socorrido e ao chegar ao Hospital teve uma parada respiratória, mas foi reanimado pelos médicos após 26 minutos.
De acordo com a empresa, ele obteve melhoras durante a semana, porém sofreu morte cerebral neste sábado, 2/5.

O enterro foi no Cemitério Vale dos Pinhais, com horário ainda a ser informado.

Danilo tinha 32 anos, era sindicalizado ao Sindicato dos Químicos do ABC desde 2003 e trabalhou na Bandeirantes Química, na Houghton e agora, há um ano e dois meses, na Oxiteno.

Protesto

O Sindicato dos Químicos do ABC realizou um protesto na porta da empresa na manhã desta segunda-feira, 4 de maio, para denunciar a situação de insegurança que os trabalhadores estão sofrendo. Veja aqui as fotos do protesto.

“Nós recebemos esta semana denúncia dos trabalhadores dizendo que desde o final do ano passado a Oxiteno Mauá está tendo muitos acidentes de processo, um deles bem grave, quando ocorreu uma explosão na rede elétrica, deixando um trabalhador queimado, outros dois também envolvendo queimaduras e agora este que infelizmente acabou com a morte do trabalhador”, informa o coordenador da Regional Santo André, Paulão.

Para o dirigente, o início dessa série de acidentes “coincide” com uma mudança na jornada de trabalhadores da Oxiteno sem discussão com o Sindicato. “Os trabalhadores que almoçavam em 30 minutos, passaram a ter uma hora de almoço e essa meia hora de diferença foi acrescida foi compensada com o acréscimo de 15 minutos na entrada e 15 minutos na saída. O problema é que não houve contratação de mais trabalhadores com essa mudança e enquanto um almoça, o outro que fica no setor fica sobrecarregado, exercendo as duas ou mais funções”, afirma Paulão. “Temos que dar um basta a essa situação”.

O Sindicato entrou com denúncia e pedido de fiscalização na Gerência Regional do Trabalho e Emprego (GRTE – ex DRT).