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Petroleiros completam sete dias de greve e trabalhadores da Casa da Moeda, Correios e Dataprev também estão mobilizados

07/02/2020 às 16h20

Luta é pela manutenção de seus direitos trabalhistas, contra as demissões e a privatização dessas estatais

A greve que nesta sexta-feira 7/2 completa uma semana mobiliza cerca de 20 mil trabalhadores e trabalhadoras da Petrobras em todo o País. São 70 unidades do Sistema Petrobras mobilizadas em 13 estados. 

Os petroleiros lutam pela suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e pelo cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A gestão da Petrobrás, no entanto, continua se negando a negociar com a Comissão Permanente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que está há vários dias dentro do edifício sede da empresa cobrando a abertura de um canal de diálogo para buscar o atendimento das reivindicações dos trabalhadores em greve.

E não são somente os petroleiros que estão em greve. Ante o silêncio da grande mídia, que sempre se cala perante as lutas da classe trabalhadora, os servidores da Casa da Moeda, Correios e do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) também estão mobilizados.

Na Casa da Moeda, funcionários fizeram greve de advertência de 24 horas e paralisaram a produção de passaportes. Eles lutam pela manutenção das regras das cláusulas sociais garantidas no acordo coletivo de 2019, como plano de saúde e auxílio-transporte, e também contra a privatização da estatal que vem sendo colocada entre as empresas que podem ser vendidas desde o governo Temer.

Na Dataprev, uma greve começou em 31 de janeiro em resposta às informações sobre a privatização e a redução de 15% da força de trabalho, ainda esse mês. O governo federal pretende demitir 494 dos 3,36 mil funcionários. Os grevistas querem que os desligados sejam remanejados para o INSS, que passa por uma crise no atendimento.

Correios: além do anúncio da privatização, as entidades sindicais da categoria constroem uma greve nacional em 3 março contra o abusivo aumento do custeio do plano de saúde para celetistas, que resultou no reajuste de quase 100% nas mensalidades.

As quatro estatais estão no plano de desestatização do governo que pode significar a demissão em massa de servidores. Só nos Correios, por exemplo, dos 100 mil trabalhadores, cerca de 40 mil seriam demitidos no processo de privatização. Além dessas estatais, o governo indicou a intenção de privatizar Emgea, ABGF, Serpro, Ceagesp, Ceasaminas, CBTU, Trensurb, Codesa, EBC, Ceitec, Telebras, Eletrobras, Lotex e Codesp, dentre outras.

O calendário de lutas do funcionalismo público federal já tem marcado o dia 18 de março para uma Greve Geral contra os ataques do governo Bolsonaro.