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Práticas antissindicais na Casa da Química: greve continua

08/08/2013 às 16h50

Empresa se nega a negociar

Atualizado em 10/08/2013

Os trabalhadores(as) da empresa Casa da Química, em Diadema, em greve desde terça-feira, permanecem firme na paralisação pelas reivindicações. Eles lutam principalmente pela extensão do convênio médico para os dependentes e retorno da insalubridade, que a empresa parou de pagar sem explicar os motivos.

O Sindicato vem tentando sem sucesso abrir negociações, mas a empresa se recusa a discutir a pauta dos trabalhadores e usa de práticas antissindicais para tentar intimidar o movimento.”Na quinta-feira, a empresa chamou mais de dez viaturas e duas bases comunitárias da polícia, mas os trabalhadores continuam firmes na luta. Na sexta-feira, a empresa entrou com ação de interdito proibitório contra o Sindicato dos Químicos do ABC”,  comenta o coordenador da regional de diadema do Sindicato, José Evandro.

Denúncia na OIT

O interdito proibitório é um instrumento da Justiça Cível que trata do direito e de proteção à propriedade privada. Através dele, os empresários e banqueiros já obtiveram liminares proíbindo os sindicatos e seus associados de permanecerem próximos a agências e todo o tipo de edifício de empresas em geral, e também de realizarem passeatas em determinadas avenidas ou rodovias. O descumprimento da distância mínima determinada pelas liminares acarreta multas.

Trata-se de uma prática antissindical, que fere os direitos fundamentais do trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e seu uso no Brasil já foi denunciado internacionalmente pela CUT e demais centrais sindicais à OIT em Genebra (Suiça).

Na pauta, aprovada em assembleia realizada no dia 31 de julho, os trabalhadores pedem, além da extensão do convênio médico para os dependentes e o retorno da insalubridade, plano de cargo e salário e PLR.