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Químicos ABC e Petrol-Is da Turquia reafirmam laços de amizade e solidariedade

09/04/2021 às 16h17

O tema principal da reunião foi o impacto da pandemia da COVID-19 sobre os trabalhadores e suas famílias

Em reunião virtual realizada no último dia 8 de abril, dirigentes do Comité Executivo dos dois sindicatos reafirmaram os termos do Acordo de Cooperação Internacional Bilateral assinado em 2010, em Istambul, Turquia, no contexto de uma Conferência Mundial do setor químico da antiga ICEM, atual IndustriALL Global Union.

Desde a assinatura daquele Acordo, a direção dos dois sindicatos tem trocado informações sobre as condições e as relações de trabalho nos dois países, identificado desafios comuns e expressado apoio solidário a lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores nos dois países. Delegações de dirigentes turcos já visitaram nossas empresas e dirigentes dos Químicos do ABC já visitaram as fábricas naquele país.

As semelhanças são muitas, informou o presidente do sindicato Raimundo Suzart. “As mesmas multinacionais, os mesmos riscos, empregadores que não cumprem a convenção coletiva, a necessidade de mobilização e até greves para garantir direitos duramente conquistados”.

O tema principal da reunião foi o impacto da pandemia da COVID-19 sobre os trabalhadores e suas famílias. Na Turquia, assim como no Brasil e em outros países, os trabalhadores sindicalizados não tiveram praticamente nenhuma perda, seja de benefícios ou de salários. Já os não sindicalizados se viram obrigados a aceitar acordos de redução de jornada e salários e as famílias mais pobres receberam uma ajuda financeira do governo.

A diferença está no número de mortos: com uma população de 86 milhões de habitantes a Turquia teve até agora 33 mil mortos. O Brasil, com uma população um pouco mais que o dobro, cerca de 211 milhões, registra mais de 330,000 mortos. Entre os associados de Petrol-Is, apenas dois falecidos de um total de 16,000 sindicalizados. “A péssima gestão da pandemia no Brasil por parte do governo Bolsonaro resultou num desastre mundialmente conhecido, que leva ao nosso isolamento e enfraquecimento da nossa indústria, gerando desemprego no médio e longo prazo”, declarou o secretário de Administração e Finanças do Sindicato, Fabio Lins.

Outras questões foram debatidas, como a situação da mulher trabalhadora e as políticas públicas contra a violência de gênero, levantadas pelas dirigentes Lucimar Rodrigues da Silva e Amabile de Oliveira Cordeiro que também participaram da reunião.

Pelo sindicato Petrol-Is, participaram da reunião os seguintes dirigentes principais:

Süleyman Akyüz, Presidente

Salih Akduman, Secretário Geral

Erhan Yak??an, Secretário Geral de Financas

Niyazi Recepkethüda, Secretário Geral de Sindicalizacao e Formacao Sindical

Ünal Akbulut, Secretário Geral Administrativo

 

Pelo Sindicato dos Químicos do ABC:

Raimundo Souza Suzart Lima, presidente

Fabio Augusto Lins, secretário de administracao e financas

Amabile de Oliveira Cordeiro, secretaria regional de Sao Bernardo do Campo

Lucimar Rodrigues da Silva, secretaria da mulher trabalhadora da CNQ/CUT

 

 

Além de reforçar mutuamente o desejo de que ambos países superem a pandemia o mais rápido possível, o encontro concluiu pela necessidade de damos continuidade ao acordo bilateral, realizando inclusive uma reunião presencial no próximo ano e outras intermediárias, ainda que virtualmente. A reunião contou com o apoio da plataforma ZOOM da ICM.