Representantes do setor químico participaram do Seminário Regional da Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM) sobre a atuação de empresas multilatinas e chinesas na América Latina e Caribe, realizado em Salvador nos dias 30 e 31 de outubro.
A discussão reuniu lideranças sindicais e especialistas para abordar os desafios e estratégias para enfrentar a crescente influência de empresas multinacionais na região.
O presidente do Sindicato, José Evandro Alves da Silva, participou do evento e apresentou a experiência da categoria química do ABC na atuação das redes sindicais nas grandes multinacionais presentes no Grande ABC, destacando avanços e dificuldades da luta sindical.
O Seminários destacou que as negociações com empresas chinesas têm se tornado mais frequentes em diversos estados do Brasil, trazendo novos desafios para o movimento sindical. Entre os obstáculos, destacam-se as diferenças culturais, a barreira linguística e as discrepâncias estruturais nas leis trabalhistas.
Esse cenário é intensificado pela Nova Rota da Seda (NRS), um projeto de expansão global da China que, além de reforçar os fluxos comerciais, amplia a presença física de empresas chinesas na América Latina.
Para o setor químico brasileiro, a NRS representa um alerta para o risco de maior dependência de importações de produtos chineses, que podem chegar ao país a preços ainda mais competitivos.
“O debate ressaltou a importância de estratégias sindicais que acompanhem o cenário global e reforcem as negociações coletivas para proteger os direitos dos trabalhadores frente à atuação de grandes empresas multinacionais na região”, afirmou Evandro.