Por Remígio Todeschini, ex- presidente do Sindicato dos Químicos do ABC
Enquanto o governo Bolsonaro está destruindo a indústria nacional, mantém uma política neoliberal com uma taxa de desemprego de 11,9%, destruição das políticas sociais, negacionismo frente à Covid e redução de todo e qualquer programa social de governo, em 1992 os químicos do ABC discutiam o fortalecimento da indústria química para a geração de emprego e respeito aos direitos dos trabalhadores com o ex-presidente LULA.
O Seminário a INDÚSTRIA QUÍMICA NO ANO 2000, que foi organizado pelos Químicos do ABC, e apoio do Departamento Estadual e Nacional dos Químicos da CUT aconteceu há 30 anos, entre 18 e 23 de maio de 1992, na Fundação Santo André – SP e teve o encerramento com a presença do ex-presidente LULA na sede do Sindicato dos Químicos do ABC, na antiga sede da Av. Lino Jardim.
O Seminário tratou dos seguintes temas: Situação e Perspectivas Mundiais; Trabalho e Tecnologia; Novas formas de organização de trabalho; Trabalho, Saúde e Meio Ambiente, que ainda continuam como temas palpitantes para toda a categoria química.
Neste Seminário foi lançada a Carta do ABC da Indústria e Trabalho Químico, colocando a importância do fortalecimento da indústria nacional, e dos empregos no setor, diminuição das importações, maior oportunidades aos trabalhadores químicos no processo de qualificação profissional, proteção da saúde dos trabalhadores e do meio ambiente.
Nas conferências estiveram presentes diversos palestrantes, entre os quais o presidente do Sindicato na época, Remígio Todeschini; Luiz Inácio Lula da Silva (Gov. Paralelo); Luciano Coutinho (Unicamp); Carlos Fernando Alves Lima (Rhodia); Henyo Barretto (Petrobrás); Paulo Cunha (Grupo Ultra); Miguel Rosseto (Sindipolo – RS e CUT Nacional); Mário Salermo (Dieese); Kurt Politzer (Abiquim); Cibele Saliba Rizek (USP-S.Carlos); Wagner Brunini (Glasurit); Cacilda Asciutti (IADES); José Drumond (Departamento Estadual Químicos da CUT); Henrique Della Rosa (Sinproquim); Nilton Freitas (Químicos ABC e DIESAT); Francisco A. C. Lacaz (Diesat) e Walter Barelli (Unicamp).
Mais de mil participantes, entre trabalhadores químicos, estudantes entre outros, estiveram presentes assistindo as diversas mesas desse encontro.
Uma síntese do Seminário está no link a seguir no youtube: https://youtu.be/VyBVr9CS5Dc

Raimundo Suzart
Segundo o atual presidente do Sindicato Raimundo Suzart (foto), é preciso discutir a importância do setor químico no Brasil frente às eleições de outubro: “ Para enfrentar o desemprego e o fortalecimento do setor químico importante retomar as nossas experiências passadas de discussão de política industrial como essa q ocorreu a 30 anos atrás aqui no nosso sindicato. E Lula será a via concreta para retomarmos essa discussão, pois basta de desemprego e desprezo dos direitos trabalhistas desse governo funesto. Recordamos também que o setor químico foi essencial na luta contra a Covid, ao produzir diversos insumos, para combater essa crise sanitária provocada pela pandemia.”

Airton Cano
Airton Cano, Coordenador Político da Fetquim-CUT ( foto), “ É preciso continuar fortalecendo todos os fóruns de discussão quer no meio sindical, na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa para que a Indústria Química além de geradora de empregos de qualidade também contribua para o crescimento econômico do país e a soberania nacional, com ampliação da produção nacional e a diminuição das importações.”
Abaixo Capa do Sindiquim de Maio de 1992 que reproduziu a síntese do encontro realizado em maio de 1992, com a presença do Ex-Presidente Lula e do Ex-Diretor Técnico do Dieese, Walter Barelli.
Seminário 1992 – Carta do ABC_220510_164838 capa