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Químicos do ABC na Marcha das Margaridas 2023: a maior ação política das mulheres da América Latina

Escrito por: Redação
15/08/2023 às 12h55
Químicos do ABC na Marcha das Margaridas 2023: a maior ação política das mulheres da América Latina

A secretária de Formação do Sindicato, Danielle Franco, o secretário de Políticas Públicas e Sociais, Jansen Nunes, e as dirigentes Edilene de Morais (coordenadora da Comissão de Mulheres Químicas do ABC) e Maria Luzilândia Rocha de Oliveira estão hoje, 15/08, em Brasília representando a categoria química na importante 7ª Marcha das Margaridas.

A Marcha deve reunir mais de 100 mil mulheres brasileiras do campo, da floresta, das águas e das cidades, além de representantes de 33 países.
São trabalhadoras rurais, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, sem-terra, extrativistas, da comunidade LGBTQIA+ e moradoras de centros urbanos.
“Temos muito orgulho de estarmos nesse evento, que é considerada a maior ação política das mulheres da América Latina”, destaca Danielle.

Por que as Margaridas marcham

  • Democracia participativa e soberania popular; Poder e participação política das mulheres;
  • Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo;
  • Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade;
  • Proteção da natureza com justiça ambiental e climática;
  • Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética;
  • Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios;
  • Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns;
  • Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional;
  • Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda;
  • Saúde, Previdência e Assistência Social pública, universal e solidária;
  • Educação Pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo;
  • Universalização do acesso à internet e inclusão digital.

Quem foi Margarida Maria Alves

Desde 2000, o nome da marcha é uma homenagem a Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba.

Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, devido à luta pelos direitos da categoria.

Desde então, a liderança se tornou símbolo da resistência de milhares de homens e mulheres que buscam justiça e dignidade. Latifundiários da região são suspeitos do homicídio. Mas, até hoje, o crime segue sem solução e os mandantes não foram condenados.

O caso de Margarida Maria Alves chegou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), onde, de acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, se tornou um marco na denúncia das violações sistemáticas dos direitos fundamentais.

Em abril de 2020, a comissão publicou o Relatório de Mérito 31/20 sobre o caso. O documento concluiu que o Estado brasileiro é responsável pela violação dos direitos à vida, integridade pessoal, proteção e garantias judiciais de Margarida Alves e as pessoas indicadas no relatório internacional.

Quatro décadas após o assassinato da paraibana, a secretária Mazé Morais defende a memória da sindicalista que lutou pelos trabalhadores do campo. “Margarida será sempre a nossa inspiradora e é por isso que a gente segue em marcha”.

Com informações da Agência Brasil