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Reforma Tributária proposta pelo governo Bolsonaro pode acabar com vales alimentação e refeição

16/07/2021 às 11h35

CUT e sindicatos condenam proposta e prometem luta contra a medida

A proposta de Reforma tributária apresentada pela equipe do ministro Paulo Guedes contém um item que pode pôr fim aos vales alimentação e refeição de 22,3 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. A ideia dos técnicos é acabar com os subsídios que 280 mil empresas recebem, de acordo com os números do  Ministério da Economia, para manter os vales.

Assim que souberam da proposta, CUT e sindicatos filiados reagiram com indignação, a classificaram de perversa e prometeram lutar contra mais esse ataque aos direitos da classe trabalhadora.

A proposta de acabar com os incentivos fiscais partiu do governo federal, que incentivou o relator da reforma Tributária, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), a incluir o texto no projeto original, praticamente acabando com a complementação salarial dos trabalhadores.

De acordo com presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, a Central reagirá fortemente contra mais esse ataque ao trabalhador/a ocupando as ruas e o Congresso Nacional para pressionar os parlamentares a não aprovar tal medida.

“Vamos pressionar os deputados, os senadores, vamos ao Congresso Nacional falar com o Arthur Lira [presidente da Câmara dos Deputados].Também vamos denunciar isto nas ruas, no dia 24,quando estaremos mobilizados por mais um dia de luta pelo ‘Fora, Bolsonaro’. Não podemos deixar isto acontecer de jeito nenhum”, disse Sergio Nobre.

Acabar com os vales refeição e alimentação é o mesmo que diminuir os salários, pois esses benefícios são considerados salários indiretos e fazem parte fundamental da renda do trabalhador. É desumano apresentar uma proposta em um período de inflação disparada, que corroí o poder de compra da classe trabalhadora.

Atualmente as empresas fornecem os vales aos trabalhadores e descontam esses valores do Imposto de Renda. Sem esses descontos, a incidência será em torno de 20%, o que poderá fazer muitas empresas desistirem de continuar pagando esses benefícios.

Com informações da CUT Nacional

Foto: Marcelo Camargo Agência Brasil