Sindicato insiste e consegue a vitória de mais uma resolução do 11º Congresso dos Químicos do ABC: a retomada do GT do setor químico com o objetivo de tornar a indústria química da região mais forte e sustentável
Desta vez Mauá sediou o seminário que selou a retomada do Grupo de Trabalho Químico do ABC, realizado nesta terça-feira, 13, pelas prefeituras de Mauá, Santo André e São Bernardo do Campo em conjunto com o Consorcio Intermunicipal do ABC. O Sindicato dos Químicos do ABC esteve à frente da organização da atividade, que aconteceu no Centro de Formação de Professores Miguel Arraes.
O evento, que também debateu qualificação profissional e tributação, teve o objetivo de marcar a retomada do GT Químico do ABC, idealizado e criado pelo ex-prefeito de Santo André Celso Daniel em meados da década de 90, para articular os atores sociais em torno do objetivo de potencializar ações para soluções de problemas e para garantir o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva da indústria química no Grande ABC.
A abertura do Seminário contou com a saudação do prefeito Donisete Braga, dos secretários de Desenvolvimento Econômico de Mauá, Ciomar Okobayashi e de Governo, Edílson de Paula Oliveira, dos deputados federais Francisco Chagas (PT-SP) e Vanderlei Siraque (da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Indústria Química, Petroquímica e Plástica), de Oswana Famelli, vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Econômico de Santo André, e do presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias Químicas, ABIQUIM, Fernando Figueiredo.
O presidente do Sindicato, Paulo Lage, também compôs a mesa de abertura do Seminário e discursou em nome dos trabalhadores químicos da região.
”Quando conseguimos, a duras penas, a ampliação do Polo e imaginávamos que todos abraçariam a causa no GT Químico e Petroquímico, ele deixou de existir. E desde o final de 2008 o Sindicato vem sozinho fazendo o que lhe compete, não olhando só para o lado do trabalhador, mas também com os olhos para uma indústria química forte e sustentável na região”, destacou Lage, elencando ações da entidade como a Conferência Internacional A Indústria Química em 2020, realizada em 2011, com a participação dos governos, empresários e trabalhadores; e o 11º Congresso dos Químicos do ABC, em março de 2013 que colocou entre as principais resoluções a retomada do Grupo de Trabalho do Setor Químico na região.
Novos Meios de Produção
Paulo Lage anunciou também, em seu pronunciamento no Seminário, mais uma ação do Sindicato que tem o olhar em direção ao futuro da indústria química e ao perfil do trabalhador para essa indústria: o Observatório dos Novos Meios de Produção.
“O Sindicato irá desenvolver com a confederação sindical francesa CFDT-CE um observatório para identificar as tendências do futuro da indústria e que perfil de trabalhador será necessário para atender essas demandas”, explicou o dirigente.
Ao final da atividade, o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Giovanni Roco Neto, abordou as primeiras discussões do Grupo de Trabalho. “Da mesma forma que foi realizado estudo específico da cadeia produtiva da indústria química, acredito que devamos construir uma agenda e estruturar políticas públicas acerca da carga tributária. Temos um desafio, uma dificuldade para enfrentar, e a retomada do GT será o início de toda a luta”.
O GT está sediado em Mauá, sob a coordenação do secretário Ciomar Okabayashi, e sua primeira reunião deve ocorrer até o final de maio, com local a ser definido em breve.