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Rumo ao 13º Congresso dos Químicos do ABC

27/05/2019 às 19h46

Terceiro e último dia do Seminário de Planejamento delibera pela realização do próximo congresso do Sindicato no fim no ano

Na sexta-feira, 24, aconteceu o terceiro e último dia do Seminário de Planejamento da Direção do Sindicato, que abordou a Secretaria de Administração e Finanças, Associação dos Aposentados Químicos e as entidades nas quais o Sindicato representa a categoria química. O destaque do dia ficou por conta da deliberação em realizar o 13º Congresso dos Químicos do ABC em novembro/dezembro/19, fechando um ano em que serão realizados os congressos estaduais e nacional da CUT e a Plenária Nacional da Confederação do Ramo Químico da CUT – CNQ.

“A ideia é construir um formato de Congresso com plenárias temáticas e uma plenária geral, privilegiando o debate social com trabalhadores e trabalhadoras, empregados e desempregados, e com as comunidades da região”, pontuou o presidente do Sindicato Raimundo Suzart.

Desafios da sustentabilidade

Os desafios da sustentação financeira foi o tema que abriu os trabalhos na manha da sexta-feira, 24. O secretário de Administração Fabio Lins apresentou o trabalho da secretaria, a situação financeira da entidade e abriu o debate para discussão de propostas.

Com um futuro incerto devido à imprevisibilidade do que acontecerá com a Medida Provisória 873, muitas propostas foram direcionadas à busca pela sustentabilidade da entidade, mesmo com o desconto da mensalidade sindical em folha de pagamento garantida pela Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, assinada antes da edição da MP.

Associação dos Aposentados

Os diretores Edivânia Zanardo e Milton Nunes (Tijolinho) apresentaram o importante trabalho da Associação dos Aposentados e Pensionistas Químicos do ABC. Edivânia destacou que, pela primeira vez, a direção da entidade conta com 30% de mulheres, e que além das assembleias periódicas, a Associação vem desenvolvendo muitas atividades de lazer e cultura com seus associados.

O atual presidente da Associação, Tijolinho, contou um pouco da atuação política da entidade, contando a recente ida a Brasília de alguns diretores para uma audiência com o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), aproveitando para visitaram cerca de 70 gabinetes parlamentares para conversarem sobre a necessidade de votar contra a Reforma da Previdência.

CUT, CNQ e Fetquim: instâncias em que o sindicato está inserido

Como o Sindicato pode melhorar sua atuação na CUT, CNQ e Fetquim, entidades na qual os diretores do Sindicato integram as direções, permeou as discussões do período da tarde do terceiro e último dia do Seminário de Planejamento da Diretoria do Sindicato.

Os diretores do Sindicato que estão nas outras instâncias:

  • Aparecido Donizeti da Silva, secretário adjunto da Secretaria de Administração e Finanças da CUT e ;
  • José Freire, diretor da CUT-SP e coordenador da CUT-ABC;
  • Juvenil Nunes da Costa, secretário de Administração da Confederação Nacional do ramo Químico da CUT – CNQ
  • Lucimar Rodrigues, secretária da Mulher Trabalhadora da CNQ
  • Francisco Sales, secretário de Formação da CNQ.
  • Dalva de Oliveira, conselho fiscal da CNQ
  • Aírton Cano, coordenador político da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de SP – Fetquim-CUT
  • Danielle Franco, secretária de Políticas Sociais da Fetquim
  • Sidney Araújo, secretário de Formação da Fetquim

Todos são unânimes em uma coisa: o modelo estruturado da CUT, com 19 ramos, não está funcionando mais, por isso o grande debate do Congresso Nacional da CUT (CONCUT) deste ano é a reorganização da estrutura sindical, com fusões entre os ramos e integração com os movimentos sociais, entre outras propostas. “Portanto, a partir de 2020 a CUT pode ter outro formato”, pontuou Donizeti. Formas de sustentação financeira da Central também serão debatidas.

Hoje o ramo químico está entre os principais e maiores ramos dentro da CUT,  tendo uma participação ímpar nas discussões da Central.

Durante os debates, Freire ressaltou que a luta central no momento é barrar a reforma da Previdência, com a organização da Greve Geral de 14 de junho.

Aírton Cano explicou que a Fetquim está construindo a estratégia conjunta da Campanha Salarial do Setor Químico, que acontece no segundo semestre deste ano, sob as mudanças advindas da Reforma Trabalhista. “É importante garantir a manutenção dos direitos da nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que tem mais de 40 anos. Estamos tentando adiantar as negociações e devemos fortalecer a unidade não somente dos sindicatos filiados, mas também com a Fequimfar – federação de São Paulo ligada à Força Sindical – buscando ter uma pauta única e um processo negocial conjunto”, disse.

Sidney e Danielle reforçaram que a melhor forma da entidade contribuir com as estâncias é enviar representantes da categoria às atividades da entidade.

Neste ano também será realizada a Plenária Nacional estatuária da CNQ, que deve mudar o formato para atividades regionais devido à queda financeira. “As bandeiras de luta para o próximo período são os debates frequentes da conjuntura econômica, de um novo modelo de organização, definir as bandeiras do ramo químico para os congresso da CUT e o enfrentamento aos ataques ao movimento sindical. A partir dessas discussões, será traçado um eixo de luta para os próximos dois anos da atual gestão da CNQ.

A secretaria da Mulher Trabalhadora explicou que a atual direção da CNQ tem desenvolvido cursos e atividades específicas para as mulheres. Lucimar tem buscado fazer da sua secretaria ponto de contato entre as trabalhadoras químicas e trabalhadoras de outros ramos, como por exemplo a atuação na Marcha das Margaridas. “Vamos participar da sua 6ª edição no mês de agosto, em Brasília, reunindo mulheres do campo, das águas e das cidades no combate à violência de gênero e defesa dos direitos sociais e previdenciários”, completou.

Festa dos 80 anos do Sindicato

O presidente do Sindicato, Raimundo Suzart, encerrou o Seminário informando que todas as discussões e propostas serão sistematizadas para que a direção verifique a melhor forma de implantar as decisões. “Hoje não temos direito de errar”, frisou.

Raimundo ressaltou a necessidade da direção e militância engrossar os atos em defesa da educação do próximo dia 30, além de continuar construindo nas fábricas a participação na Greve Geral do da 14 de junho.

Por fim, convidou todos para a grande festa de encerramento do Projeto Rumo aos 80 anos do Sindicato, marcada para 1 de junho, sábado, que tem a previsão de público de mais de 1500 pessoas, entre trabalhadores e trabalhadoras da categoria e familiares.

“Fico muito feliz com as discussões que fizemos neste seminário, uma atividade tranquila e enriquecedora. Agradeço a dedicação de todos e todas nestes três dias que ficamos presos numa sala pensando e construindo o Sindicato para a categoria. E vamos finalizar esse processo iniciado hoje no nosso 13º Congresso, no final deste ano”, destacou.

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