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Se preciso, faremos uma greve nacional – diz Vagner Freitas, presidente da CUT

15/04/2015 às 19h48

Diante da Fiesp, presidente da CUT diz que mobilizações de hoje alertaram a população sobre os riscos do PL 4330 e desmascararam setor patronal

Por CUT

Na Avenida Paulista, os militantes e dirigentes sindicais que fazem na capital o Dia Nacional de Paralisação contra o PL 4330 estão diante da sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), à espera dos movimentos sociais que vêm em passeata desde outro ponto da cidade, o Largo da Batata, no bairro de Pinheiros.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, justificou a vaia que os militantes deram ao presidente da federação patronal, Paulo Skaf. “Se o 4330 do jeito que está redigido seguir adiante e for aprovado pelos senadores, acabou a CLT. O projeto não é terceirização, companheiros. É mentira do Skaf”, disse.

Ele criticou também duramente a maioria dos deputados que aprovaram o PL e, em especial, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ). “Nem a ditadura militar ousou em retirar o direito dos trabalhadores com um corte tão profundo como quer fazer o ditador Eduardo Cunha”.

Vagner lançou um alerta aos parlamentares: “Temos a missão de lembrá-los que a maioria do povo não está no Congresso, mas nas ruas, que ocupamos hoje em todo o Brasil. Nós chamamos esta manifestação em menos de uma semana e muitos diziam que seria fraca. Eles não conhecem nossa companheirada”, afirmou.

“Hoje, em todo o Brasil, demos muito prejuízo aos patrões, parando bancos, fábricas, comércio, refinarias… Só assim eles nos entendem, quando mexemos no bolso deles”, completou.

Para Vagner, o fato de o PSDB ontem ter decidido votar contra a terceirização da atividade-fim no serviço público é um sinal claro de que o debate chegou à maioria da opinião pública. “Agora os inimigos dos trabalhadores, o setor patronal nas empresas e no Congresso, não podem mais negar que o projeto não é para regulamentar a terceirização, e sim para acabar com os direitos”. E lançou: “Se preciso, faremos uma greve nacional para derrubar esse projeto”.

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