Notícias

Seminário da Fundacentro reforça luta contra exposição ao benzeno

Escrito por: Redação
21/02/2025 às 18h22

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Fundacentro (@fundacentro_oficial)

 

Joel Santana de Souza, coordenador da Regional de São Caetano do Sul, Santo André, Mauá e Polo Petroquímico, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra do Sindicato dos Químicos do ABC, participou, no dia 19 de fevereiro, do seminário “Benzeno Cancerígeno: Avançar na Redução dos Riscos à Saúde”, promovido pela Fundacentro.

O evento, realizado de forma híbrida, reuniu 100 participantes presenciais e 250 online de diversas regiões do Brasil.

Na abertura, Remígio Todeschini, ex-presidente do Sindicato dos Químicos do ABC e atual diretor de Conhecimento e Tecnologia da Fundacentro, apresentou um panorama geral sobre os impactos do benzeno, substância reconhecida como altamente cancerígena.

Seguindo a programação, houve apresentações de vários cientistas pesquisadores e de sindicalistas.

Químicos ABC no Seminário: fechamento Matarazzo e leucopenia na PQU

No período da tarde, Joel Santana de Souza destacou o histórico de luta da categoria contra a exposição ao benzeno, relembrando casos emblemáticos, como os de benzenismo na Matarazzo Química (interditada e fechada entre 1975 e 1986) e os de leucopenia na antiga PQU, atual Braskem. Ele também reforçou a mobilização dos trabalhadores para que o Ministério do Trabalho não ceda às pressões patronais para estabelecer um limite de tolerância à substância.

“Não aceitamos limite de exposição. A Fundacentro, em seu estudo científico, já colocou que o benzeno é uma substância cancerígena”, enfatizou Joel Santana de Souza.

Pesquisadores e dirigentes sindicais presentes foram unânimes ao afirmar que não existe nível seguro de exposição ao benzeno – qualquer contato, por menor que seja, pode causar câncer, doenças hematológicas e até morte por leucemia.

Seminário reforça luta dos trabalhadores

O evento reforçou a importância da mobilização dos trabalhadores e do compromisso com a saúde e segurança no ambiente de trabalho, defendendo que a única política eficaz para o benzeno é a redução total da exposição.

Atualmente, trabalhadores pressionam a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) para que o governo não ceda à pressão patronal e mantenha a proibição de qualquer limite de tolerância para essa substância altamente tóxica.

Leia também:

Exposição ao Benzeno: Sindicalistas garantem avanço em reunião com o MTE

Químicos do ABC participam do debate público sobre a regulamentação do benzeno

Governo Lula atualiza NR-01 para incluir assédio moral e reconstitui Comissão do Benzeno

 

Você pode assistir a íntegra do Seminário no YouTube: