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Joel Santana de Souza, coordenador da Regional de São Caetano do Sul, Santo André, Mauá e Polo Petroquímico, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra do Sindicato dos Químicos do ABC, participou, no dia 19 de fevereiro, do seminário “Benzeno Cancerígeno: Avançar na Redução dos Riscos à Saúde”, promovido pela Fundacentro.
O evento, realizado de forma híbrida, reuniu 100 participantes presenciais e 250 online de diversas regiões do Brasil.
Na abertura, Remígio Todeschini, ex-presidente do Sindicato dos Químicos do ABC e atual diretor de Conhecimento e Tecnologia da Fundacentro, apresentou um panorama geral sobre os impactos do benzeno, substância reconhecida como altamente cancerígena.
Seguindo a programação, houve apresentações de vários cientistas pesquisadores e de sindicalistas.
Químicos ABC no Seminário: fechamento Matarazzo e leucopenia na PQU
No período da tarde, Joel Santana de Souza destacou o histórico de luta da categoria contra a exposição ao benzeno, relembrando casos emblemáticos, como os de benzenismo na Matarazzo Química (interditada e fechada entre 1975 e 1986) e os de leucopenia na antiga PQU, atual Braskem. Ele também reforçou a mobilização dos trabalhadores para que o Ministério do Trabalho não ceda às pressões patronais para estabelecer um limite de tolerância à substância.
“Não aceitamos limite de exposição. A Fundacentro, em seu estudo científico, já colocou que o benzeno é uma substância cancerígena”, enfatizou Joel Santana de Souza.
Pesquisadores e dirigentes sindicais presentes foram unânimes ao afirmar que não existe nível seguro de exposição ao benzeno – qualquer contato, por menor que seja, pode causar câncer, doenças hematológicas e até morte por leucemia.
Seminário reforça luta dos trabalhadores
O evento reforçou a importância da mobilização dos trabalhadores e do compromisso com a saúde e segurança no ambiente de trabalho, defendendo que a única política eficaz para o benzeno é a redução total da exposição.
Atualmente, trabalhadores pressionam a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) para que o governo não ceda à pressão patronal e mantenha a proibição de qualquer limite de tolerância para essa substância altamente tóxica.
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Você pode assistir a íntegra do Seminário no YouTube: