Por Paulo Sergio da Silva Lima*
Setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio no Brasil, conhecido como Setembro Amarelo. A campanha, movimento internacional de conscientização, é organizada no país pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 2014. A cada ano, sua importância cresce, alcançando mais pessoas e incentivando o diálogo sobre saúde mental.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo. No Brasil, estima-se que um caso aconteça a cada 45 minutos, mostrando que este é um dos principais desafios de saúde pública do país.
Durante setembro, prédios públicos, pontes e monumentos em diversas cidades são iluminados de amarelo, chamando atenção para a causa. Escolas, empresas e instituições também promovem palestras, rodas de conversa e ações educativas para falar sobre saúde mental.
O lema da campanha é: “Falar é a melhor solução”. Falar sobre o assunto é uma das formas mais eficazes de prevenção. “O suicídio pode ser evitado. É preciso identificar os sinais de alerta, oferecer escuta e orientar a busca por ajuda profissional”, afirma a ABP.
Alguns sinais que merecem atenção incluem:
- Mudanças bruscas de comportamento
- Isolamento social
- Falas frequentes sobre morte ou desesperança
- Perda de interesse por atividades antes prazerosas
Para quem precisa de apoio, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento gratuito e sigiloso pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br, funcionando 24 horas por dia.
Cuidar da saúde mental deve ser prioridade em todas as idades. Lembre-se: falar sobre sentimentos pode salvar vidas.
* Paulo Sergio da Silva Lima é Secretário de Saúde,
Trabalho e Meio Ambiente do Sindicato dos Químicos do ABC