Há dois anos, o Sindicato e a Vitopel iniciaram uma negociação sobre a hora à disposição (Súmula 429). A empresa, de início, disse reconhecer os direitos dos trabalhadores e comprometeu-se a resolver o problema no início deste 2017.

Ocorre que no decorrer de 2016, ela começou a cancelar as reuniões agendadas e pediu interrupção de 90 dias para poder apresentar cálculos individuais dos trabalhadores. O Sindicato, acreditando na empresa, cancelou a audiência.

Porém, em uma nova reunião a Vitopel afirmou que não tinha proposta. “A própria empresa gerou uma falsa expectativa, não cumpriu com nada que estava dizendo nas reuniões e isso causou um descontentamento geral dentro da fábrica. Os trabalhadores estão querendo deixar o processo ir até o final, pois a proposta que a empresa fez no dia 13/12/2016 na audiência foi o mínimo do mínimo”, conta o coordenador da regional de Santo André, Paulão.

Agora, Paulão espera que a direção da Vitopel reveja seus conceitos e leve a sério as negociações com o Sindicato e trabalhadores. “Queremos que ela apresente uma proposta que seja passiva de negociação, pois o diálogo é a melhor forma de resolver os problemas”, pontuou o coordenador.