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Sindicatos suspendem negociações e decidem intensificar mobilização

16/10/2013 às 18h23

Primeira rodada de negociação, ocorrida nesta quarta-feira, foi marcada pela indisposição patronal em negociar redução da jornada e cláusulas novas

Alegando não terem autorização da assembleia patronal, os representantes patronais (CEAG-10 da Fiesp) recusaram-se a discutir redução da jornada, nanotecnologia, cesta básica e os 180 dias de licença maternidade durante a primeira rodada de negociações da campanha Salarial 2013 da categoria química, realizada na manhã desta quarta-feira, 16, na capital paulista.

Antes mesmo das lideranças dos trabalhadores apresentarem os pontos, o representante patronal foi taxativo em afirmar que nenhuma cláusula nova seria negociada e aprovada.

Diante dessa indisposição, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT no Estado de São Paulo (Fetquim) e os sindicatos decidiram suspender a segunda rodada, marcada para o próximo dia 23, e intensificar a mobilização nas fábricas até 31/10, data limite para o encerramento das negociações. O objetivo é mostrar a disposição de luta dos trabalhadores e trabalhadoras químicas, que não aceitam mais o NÃO como resposta.

“Queremos propostas e não negativas.  Há vinte anos o CEAG-10 resiste em negociar redução da jornada, há cinco anos um Grupo de Trabalho paritário discute o direito à informação no caso da nanotecnologia e não apresenta nenhum avanço. Agora também se recusam a dialogar sobre os 180 dias de licença maternidade e a cesta básica. Os trabalhadores estão saturados dessa enrolação, queremos avanços”, afirma o secretário geral e de imprensa do Sindicato dos Químicos do ABC, Sidney Araújo dos Santos.

De acordo com o coordenador da Fetquim e diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart, a alegação patronal de que falta tempo para discutir as cláusulas novas é outra falácia. “Se dependesse da federação, as negociações já teriam iniciado há mais de um mês. Antecipamos a entrega da pauta reivindicatória e esses temas estiveram presentes nas campanhas salariais dos anos anteriores”, pontuou o dirigente.

A orientação aos trabalhadores é  clara: “Iremos enviar o pedido de cancelamento da reunião do dia 23 e até o dia 31, a Fetquim e os sindicatos irão apostar nas mobilizações nas fábricas, como já estamos fazendo no último mês”, disse Raimundo.