Acidente fatal acontece no momento em que está em negociação a renovação do Acordo de Prensas e Injetoras da categoria química
O trabalhador José Carlos Lima Neto, de apenas 18 anos, um jovem aprendiz, segundo o Sindicato dos Químicos de Americana, filiado à Fequimfar, morreu prensado após um acidente ocorrido no tarde desta segunda-feira, 23/11.
O acidente ocorre no período em que o CEAG 10 (Grupo patronal do setor químico e plástico) pretende alterar o Acordo de Prensas e Injetoras que vigora há mais de 25 anos no setor químico/plástico. O Acordo tem como finalidade ampliar a prevenção de acidentes com prensas e injetoras, que são as maiores causadoras de invalidez, evitando que acidentes como esse ocorram gerando sequelas ou mortes como a de José Carlos Lima Neto.
De acordo com reportagem do jornal “O Liberal” de Americana/SP, o acidente de trabalho ocorreu no final da tarde de 23/11 na empresa Eplam Embalagens Plásticas, localizada na Vila Galo, em Americana.
Três bombeiros foram até o local, na Rua Timbiras, por volta de 16h30. O jovem foi socorrido e encaminhado em estado grave ao Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, não resistiu e veio a óbito na manhã desta terça-feira (24).
O coordenador da Fetquim e diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, Aírton Cano, em nota no site da Fetquim, se solidarizou com a família e com o Sindicato dos Químicos/Plásticos de Americana por esse lamentável acidente, e cobrou do CEAG 10 da FIESP a ampliação da prevenção nos acordos de prensas e injetoras existentes e as medidas legais cabíveis.
A diretoria do Sindicato dos Químicos do ABC lamenta profundamente o ocorrido e manifesta seu pesar e sua solidariedade à família e amigos do trabalhador e aos companheiros do Sindicato de Americana. “Engrossamos o apelo da Fetquim, destacando a importância da renovação do Acordo de Prensas e Injetoras, com as mudanças que se fizerem necessárias para ampliar a segurança nos locais de trabalho, e não o contrário”, pontuou o secretário geral e de imprensa do Sindicato, Paulão.“Mais uma vida perdida pela ganância do lucro e falta de investimentos em máquinas e equipamentos pra proteção dos trabalhadores”, concluiu o dirigente.
Com informações da Fetquim e Remígio Todeschini