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Trabalhadores da Rhodia Santo André decidem por greve

02/06/2014 às 16h03

Cerca de 90% da fábrica está parada. Mobilização será avaliada nesta terça-feira (3) em nova assembleia às 6 h da manhã

Atualização 03/06: Assembleia realizada nesta terça-feira manteve a greve.Movimento volta a ser avaliado na quarta-feira, com perspectivas de que haja negociação com a empresa.

Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira, 2 de junho, os trabalhadores da Rhodia Santo André decidiram entrar em greve para pressionar por mudanças na proposta envolvendo o fechamento da planta e transferência de trabalhadores para Itatiba.

Segundo o secretário regional de Santo André do Sindicato dos Químicos do ABC, Milton Nunes de Brito (Tijolinho), a greve atingiu 90% dos trabalhadores do turno da manhã e tarde e os poucos que não aderiram trabalham na administração e chefia da empresa.

“Os trabalhadores querem convênio médico por seis meses e adicional de 0,60% do salário por ano trabalhado como indenização, e a Rhodia insiste em convênio médico por quatro meses e adicional de 0,20%”, afirma o diretor

Até às 15h30 desta tarde a Rhodia não havia se pronunciado sobre nova negociação. Os trabalhadores realizam nova assembleia na manhã desta terça-feira para decidir os encaminhamentos da mobilização.

A Rhodia Santo André está situada na Avenida Antônio Cardoso 319 – esquina com a Av. do Estado. A planta emprega 63 trabalhadores diretos e 150 terceirizados, mas a paralisação atinge somente os empregados formais.

Histórico

No dia 22 de novembro de 2013, o grupo belga Solvay, proprietário da Rhodia, comunicou ao Sindicato dos Químicos do ABC o fechamento da planta de Santo André devido à decisão de concentrar suas operações de especialidades químicas na cidade de Itatiba, próxima a Campinas. Para isso o grupo Solvay adquiriu a fábrica da Erca Química, localizada naquela região.

A empresa disse que o fechamento da Rhodia de Santo André será finalizado em um prazo de um ano e meio e os ocupantes dos 63 postos de trabalho serão incorporados à fábrica da Erca se assim o desejarem. Aqueles que não aceitarem a transferência, serão desligados ou ainda transferidos a outras localidades do grupo empresarial no estado de São Paulo.

Desde então, o Sindicato vem negociando com a empresa a situação desses trabalhadores, mas até o momento não obteve as garantias reivindicadas.