Encontro na CUT/SP reuniu sindicatos e entidades do campo e da cidade com o objetivo de retomada da pauta de discussões
Escrito por: Maria Helena Domingues – CUT São Paulo
A unificação das ações dos movimentos sindical e sociais é fundamental para enfrentar a atual conjuntura. Com este consenso, o Fórum São Paulo pela Reforma Agrária, reunido na última sexta-feira (7), concluiu que irá engrossar a Marcha pelas Reformas Sociais que irá ocorrer no próximo dia 13 em São Paulo.
O encontro, ocorrido na sede da CUT/SP, reuniu sindicatos e entidades do campo e da cidade para discutir estratégias e caminhos que promovam avanços na reforma agrária no estado mais rico do país. O Fórum pela Reforma Agrária foi lançado em agosto de 2012, através de iniciativa da CUT/SP, com o objetivo de reunir trabalhadores do campo e da cidade numa grande frente de debates e ações pela reforma agrária no estado.
Estiveram presentes, entre outros, representantes da FAF (Federação da Agricultura Familiar), Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Apeoesp, Sindicato dos Bancários, Sindicatos dos Químicos de São Paulo e do ABC e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, além da CUT/SP e CUT Nacional.
“Este encontro fortalece o Fórum no sentido de implementarmos nossa pauta, que é bastante extensa”, avaliou o presidente da CUT/SP, Adi dos Santos Lima, ao citar como exemplos a comercialização dos alimentos produzidos pela agricultura familiar e por cooperativas de assentamentos rurais, a luta pelo acesso à terra e a assistência técnica para os assentados. “Temos que sistematizar, planejar e implementar essas ações com base em diagnósticos que mostram o tamanho e a localização das terras públicas estaduais e federais”, concluiu o dirigente.
Fortalecimento – Também presente ao encontro, Gilmar Mauro, coordenador do MST, ressaltou a importância da mobilização e de uma política de fortalecimento do movimento social para enfrentar a conjuntura que aí está. “O embate é ideológico, temos de colocar a nossa pauta para a sociedade”, destacou.
Para o vice-presidente da CUT/SP, Douglas Izzo, é importante reafirmar a pauta e construir um calendário de luta que contemple atividades de rua, tanto na capital como no interior do estado. “Parte da população ainda confunde aquilo que é responsabilidade do governo federal com governo estadual”, esclareceu.
A conjuntura será difícil, por isso é importante a unidade, ressaltou a secretária de Comunicação da CUT/SP, Adriana Magalhães, para quem é necessário haver coerência entre discurso e ação. “Dos 513 deputados eleitos em 2014, 51%, ou 257 são ruralistas, o que comprova que a luta será ainda mais acirrada”, observou.
Representante eleito pelos trabalhadores para o Conselho de Administração do Banco do Brasil, Rafael Mattos ressaltou também a importância da atuação das políticas públicas que são coordenadas por bancos púbicos junto à agricultura familiar.
No final do encontro, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, conclamou as entidades presentes no encontro a participarem, na próxima quinta-feira (13), da Marcha pelas Reformas Sociais: agrária, política, tributária, pela democratização dos meios de comunicação, entre outros itens, que terá concentração às 17h no vão livre do MASP, na Avenida Paulista.