Em balanço, governo destaca legado e estima que Copa movimentou R$ 30 bilhões
O governo brasileiro ainda não tem um número exato de quanto o Mundial 2014 poderá gerar para a economia brasileira, mas uma coisa é certa: a velha imprensa, conhecida como PIG (Partido da Imprensa Golpista) e os demais vira-latas de plantão perderam feio.
“Nós derrotamos, sem dúvida, essa previsão pessimista e realizamos com a imensa e maravilhosa contribuição do povo brasileiro essa Copa das Copas”, afirmou Dilma ao apresentar um balanço da Copa do Mundo nesta segunda-feira, 14, em Brasília, acompanhada de vários ministros.
Além da ameaça de protestos contra os gastos com o Mundial, como os ocorridos na Copa das Confederações do ano passado, o país viveu a insegurança de não ter finalizadas a tempo as obras de infraestrutura em aeroportos e estádios.
Dilma disse que o país teve a “Copa das Copas”, apesar da derrota da seleção brasileira para a Alemanha por 7 x 1 na semifinal, e ressaltou que “tudo na vida é superação”.
“O país pode se considerar um vitorioso no que se refere à organização dessa Copa do Mundo”, disse Dilma, um dia após a Alemanha ter derrotado a Argentina na final no Maracanã.
A presidente afirmou que o Brasil mostrou dignidade e que é preciso atitude para saber perder.
“O povo brasileiro demonstrou que era capaz, não só de fazer a Copa das Copas, mas de enfrentar também esse desafio do que aconteceu.”
Dilma só esteve nos estádios em duas partidas da Copa do Mundo, o jogo de abertura, em São Paulo, e no encerramento no Maracanã, e nas duas ocasiões foi hostilizada pela torcida, como havia ocorrido no ano passado durante a Copa das Confederações.
Impacto sobre as finanças
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, destacou estudos que mostram que a Copa pode impactar em R$ 30 bilhões as finanças do país, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe-USP), ou 1% do Produto Interno Bruto, de acordo com levantamento que ainda está em curso. “Temos que apurar e fazer uma análise mais abrangente. As informações ainda não estão todas disponíveis e nem foram processadas”, ponderou.
Turismo
Um dos impactos positivos, na avaliação do governo, foi um acréscimo no turismo. O país recebeu 1 milhão de visitantes estrangeiros para a Copa e 95% deles pretendem voltar ao Brasil.
Infraestrutura
Na infraestrutura, dois ministros comemoraram o bom desempenho durante o Mundial. Nas Comunicações, de acordo com o ministro Paulo Bernardo, foram 517 horas de transmissão do Brasil para o mundo, envolvendo cerca de 20 mil profissionais de comunicação vindos de pelo menos 113 países.
No setor elétrico, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que não houve nenhum incidente no fornecimento de eletricidade nos estádios por conta do planejamento do órgão, que executou mais de 200 obras para garantir o suprimento de energia para a Copa.
Segurança
O governo também comemorou a atuação e destacou a possível utilização dos Centros Integrados de Comando e Controle (CICCs) para monitoramento de estradas e fronteiras como legado.
Mobilidade Urbana
O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, destacou a estrutura criada para levar os torcedores para as áreas próximas aos estádios como exemplo das mudanças promovidas no setor durante o torneio. “Tivemos estrutura para promover de forma rápida e segura o transporte de torcedores para as arenas. Independente da Copa do Mundo, as obras deixam um legado de infraestrutura para toda a população brasileira”.
Segundo Occhi, as obras de mobilidade previstas para a Copa e que não ficaram prontas a tempo, ainda serão entregues. O ministro lembrou o acidente ocorrido em Belo Horizonte, em que um viaduto em obras desabou, matando duas pessoas. “O governo federal lamenta essas mortes mas, de maneira pronta e rápida, cobrou da prefeitura a apuração da causa e trouxe a necessidade de apurar o que ocorreu e responsabilizar quem deu causa a esse acidente”.
Saúde
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, foram 7.055 atendimentos nos estádios, 0,2% do público total, número inferior ao esperado para grandes eventos O parâmetro internacional para atendimentos médicos em eventos de massa é de 1% a 2% do público. Fora das arenas, o total de atendimentos foi 17.042.
“Havia um certo temor de que viveríamos uma epidemia de dengue, que teríamos casos de ebola, sarampo, chikungunya, acidentes com escorpião, cobra. Quero dizer que não tivemos nenhum caso de saúde pública digno de registro”, disse Chioro.
Estrangeiros
O Ministério das Relações Exteriores registrou 3.380 ocorrências envolvendo torcedores estrangeiros, atendidos pelo Itamaraty. Segundo a pasta, foram promovidos pelas embaixadas brasileiras no exterior, 78 eventos ligados à Copa.
Com informações da Agência Brasil e Portal 247
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