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Greve vitoriosa na Hurner

27/05/2013 às 21h04

Após seis dias parados, os trabalhadores aceitaram a nova proposta negociada com a empresa

Atualizada 3 de junho, 18h30

Os trabalhadores da empresa Hurner Stringal, de São Bernardo do Campo, após seis dias de greve, decidiram nesta segunda-feira, 3 de junho, em assembleias realizadas com todos os turnos, aceitarem a nova proposta negociada entre o Sindicato e empresa.

As negociações foram retomadas logo após o ato de protesto realizado na porta da fábrica pelo Sindicato na parte da manhã. A nova proposta negociada e aprovada, prevê:

  1. 20 % de aumento na antecipação da PLR e criação de mais uma faixa com possibilidade de atingir até R$ 1.800,00, dependendo das metas;
  2. 3% de antecipação salarial;
  3. Estabelecimento de plano de cargos e salários, com acompanhamento do Sindicato, para todos os trabalhadores em até 90 dias e prazo de 30 dias para os setores prioritários, como o departamento de acabamento.
  4. Estabilidade de 90 dias;
  5. Pagamento das horas paradas, sendo compensadas com trabalho em um sábado e desconto de um dia no mês de julho.

“Os trabalhadores deram uma aula de união e mobilização e com certeza a empresa vai pensar duas vezes na próxima vez que o Sindicato enviar uma pauta de reivindicação. É isso mesmo, companheiros, nada cai do céu, só com muita luta e união. Todos estão de parabéns”, disse o diretor do Sindicato, José Antonio Gomes, o Tonhão, nas assembleias.

Para entender a greve:

Os trabalhadores da indústria Stringal Hurner decidiram entrar em greve na tarde da segunda-feira (27/5) por não aceitarem a ausência de acordo em relação à proposta de PLR e do valor de reajuste salarial.

Eles reivindicavam PLR no valor de R$ 700 e 3% de aumento real nos salários. De acordo com o diretor do Sindicato José Antônio Gomes, o Tonhão, a empresa ofereceu R$ 500, depois avançou para R$ 550 de PLR e aumento de 3% nos salários como adiantamento, a ser descontado na data-base da categoria (1º de novembro).

Os trabalhadores rejeitaram as propostas da empresa e decidiram parar a produção. “Se a empresa aceitasse o aumento real sem essa ponderação, os trabalhadores já teriam voltado ao trabalho. Aguardamos uma nova negociação, enquanto isso a greve continua”, comentou Tonhão ao final do primeiro dia de greve.

Nas assembleias realizadas na porta da fábrica na terça-feira, 28/5, e na quarta-feira, 29/5, os trabalhadores decidiram manter a greve e na manhã desta segunda-feira, 3 de junho, o Sindicato promoveu um grande ato de protesto na porta da fábrica para pressionar a empresa. Após o ato o Sindicato conseguiu retomar o diálogo com a empresa e foi negociada outra proposta, aprovada pelas assembleias, dando fim à paralisação.