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1º de Maio da CUT defende continuidade do atual projeto político brasileiro

05/05/2014 às 23h30

Com o tema Comunicação: o desafio do Século, ato unificado reúne cerca de 100 mil no Vale do Anhangabaú

“Foi um 1º de Maio vitorioso porque reunimos as principais centrais sindicais e não abrimos espaço, em nosso palco, para representantes das elites, dos empresários e de partidos que representam o retrocesso, como aconteceu próximo ao campo de Marte”, avaliou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, sobre o grande ato do 1º de Maio que reuniu cerca de 100 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, na capital paulista.

Durante o ato político, as lideranças sindicais e partidárias destacaram que os recentes avanços sociais obtidos nos últimos anos são resultado, em grande parte, da ação do movimento sindical. As mobilizações de rua, a organização nos locais de trabalho, as greves e a ação coordenada junto aos três poderes, que no passado foram fundamentais para a luta contra a opressão e o arrocho salarial, têm sido atualmente responsáveis por conquistas como os maiores aumentos salariais das últimas décadas, a política de valorização do salário mínimo, o aumento do emprego com carteira assinada e pelas sucessivas atualizações da tabela do imposto de renda, como a anunciada ontem pela presidenta Dilma.

Para Vagner Freitas, a unidade das centrais e a pauta essencialmente classista defendida nesse 1º de Maio vão impulsionar o movimento sindical na luta para destravar as reivindicações da classe trabalhadora que estão em compasso de espera no Congresso Nacional. O próximo capítulo dessa luta vai ocorrer no dia 6, terça-feira, quando as lideranças das centrais vão participar de audiência no plenário da Câmara dos Deputados para defender a aprovação de projetos como a redução da jornada sem redução de salário, o fim do fator previdenciário e a regulamentação da negociação no setor público, entre outros pontos que já foram apresentados durante a 8ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora.

“Vamos cobrar do presidente da Câmara, o deputado Henrique Alves (PMDB-RN), agilidade e cumprimento dos compromissos que o Legislativo tem com o povo e com os trabalhadores”, disse o dirigente cutista.

Comunicação: o desafio do Século

O presidente da CUT SP, Adi dos Santos Lima, avaliou que o tema adotado este ano – “Comunicação: O Desafio do Século” – foi mais do que acertado. “Temos hoje em dia um monopólio elitista dos meios de comunicação, que quase sem parar transmite mensagens que desqualificam ou fazem caricatura dos trabalhadores, e que pregam a demonização da política. Grande parte do desencanto com a política é fruto de anos e anos de uma mensagem contra a política e contra o povo”, comentou.