Posts

AkzoNobel vende segmento químico para o grupo americano Carlyle e GIC

04/04/2018 às 15h11

Rede de Trabalhadores destaca que investidores e não uma empresa foram os que abocanharam a fatia da multinacional holandesa

O grupo private equity americano Carlyle e o fundo de investimento GIC, de Cingapura, venceram a disputa pela compra da fatia de especialidades químicas da multinacional holandesa AkzoNobel, fabricante de tintas, por EUR 10,1 bilhões, incluindo dívidas. A venda foi antecedida por uma acirrada disputa entre concorrentes poderosos, como a Apollo Global Management, a Hal Investments e um consórcio da Bain Capital associado – informa reportagem publicada no jornal Valor Econômico.

“A divisão de especialidades químicas da Akzo realiza vendas anuais de cerca de EUR 5 bilhões e engloba cinco unidades de negócios, produzindo uma série de produtos químicos básicos, de cloro e sal a ingredientes para a produção de sabão e pesticidas”, destaca a matéria.

A venda da divisão é um passo crucial para a empresa sediada em Amsterdã, de acordo com a reportagem, uma vez que a AkzoNobel está decidida a concentrar-se apenas em tintas e revestimentos.

“Thierry Vanlancker, presidente-executivo da Akzo, descreveu a venda como um “marco” que permitirá à empresa “atingir seu pleno potencial”. A operação remanescente especializada em tintas e revestimentos passará, agora, a concentrar-se em atingir sua meta de alcançar um retorno de 15% sobre as vendas até 2020″. “Agora estamos a caminho de concretiza.”, destaca a reportagem.

Outro fator importante na decisão, afirma o Valor Econômico, foi o compromisso do grupo Carlyle de manter a sede da divisão na Holanda. A operação de especialidades químicas emprega cerca de 10 mil pessoas, das quais 2,5 mil delas estão empregadas em seu país de origem.

Martin Sumner e Zeina Bain, diretores-gerentes do grupo Carlyle, disseram: “Estamos comprometidos com o crescimento dos negócios e com sua capacidade de inovação, mão de obra de alta qualidade e base de ativos, bem como com práticas ambientais e de sustentabilidade de classe mundial.”

Para ler a matéria completa do Valor Econômico: http://www.valor.com.br/empresas/5413413/carlyle-vence-disputa-por-subsidiaria-da-akzo-nobel

 

Rede está de olho!

A Rede de Trabalhadores(as) do Grupo AkzoNobel América Latina está atenta aos acontecimentos e fiscalizará as ações consequentes do negócio, com base nos princípios da governança constantes nas Diretrizes para Empresas Multinacional da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ou seja, os reflexos dessa aquisição na sociedade, governos locais e capital de mercado.

“Com essa venda, o tema está sendo abordado com a Rede de Trabalhadres(as) e entidades Sindicais de cada região que possui uma planta produtiva da AkzoNobel”, afirma Daniel Maurício, diretor do Sindicato, trabalhador na AkzoNobel Mauá e coordenador da Rede de Trabalhadores do Grupo AkzoNobel América Latina.

No estado de São Paulo, não serão mais AkzoNobel as unidades nas cidades de Itupeva e Jundiaí. No Brasil, as outras bases químicas são em Três Lagoas, no Mato Grosso; Imperatriz, no Maranhão; Mucuri, na Bahia; e Santa Cruz, no Rio de Janeiro.  

“Só sobraram unidades de Tintas AkzoNobel na América do Sul e queremos saber se este será o grande portfólio dos investidores holandeses, e outros, no seguimento de Tintas, já que nem a PPG, nem outra importante multinacional adquiriu a grande fatia da AzkoNobel e sim um grupo de investidores”, concluiu Daniel.

Para saber mais sobre as Diretrizes da OCDE para empresas multinacionais, clique AQUI.

Sindicato dos Químicos do ABC
Visão geral de privacidade

Este site utiliza cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.