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CUT repudia plano do governo Temer de roubar o FGTS

25/06/2017 às 22h01

Governo pretende liberar parte do saldo do FGTS em três parcelas, para substituir durante três meses o seguro desemprego.

A CUT repudiou o anúncio, feito na tarde desta sexta-feira (23) pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que o governo golpista de Michel Temer estuda usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para substituir o seguro-desemprego.

Para a direção da CUT, a medida é uma das maiores perversidades já anunciadas pelos golpistas. Segundo a central, a medida é “um assalto a um direito do trabalhador”.

Conforme divulgado, o governo pensa liberar parte do saldo do FGTS em três parcelas, para substituir durante três meses o seguro desemprego.

Assim, em vez de receber recursos públicos, o trabalhador receberia valores que já são dele. Somente depois de três meses, caso permaneça desempregado, o trabalhador poderia requerer o seguro desemprego.

“Existem discussões na área econômica do governo, seja no Ministério da Fazenda, seja no Ministério do Planejamento, seja em outras áreas em diversos níveis, sobre diversas coisas que possam induzir o país a voltar a crescer” disse Meirelles, depois de participar de um evento em São Paulo. Entretanto, o ministro, ex-presidente do Comnselho de Administração do grupo JBS, não consegue explicar como se apropriar de recursos dos trabalhadores vai resultar em crscimento do país. 

Veja a seguir na íntegra a nota oficial da CUT sobre o assunto.

NOTA OFICIAL

Para a CUT, reter parte do FGTS e a multa de 40% do fundo dos trabalhadores demitidos sem justa causa é uma das maiores perversidades do governo ilegitimo e golpista de Temer.

Esse dinheiro não é do governo. É dos trabalhadores. 

Um país com mais de 14 milhões de desempregados tem de pensar em formas de geração de emprego e renda, de proteção ao trabalhador no momento em que este está mais desesperado e,  não, confiscar o FGTS.

A CUT tomará todas as medidas de mobilização e legais cabíveis para impedir este novo assalto a um direito do trabalhador.

Executiva Nacional da CUT

Fonte: CUT