Posts

Em plena Covid continua o negacionismo de Benefícios Previdenciários

12/07/2021 às 16h33

Escrito por Fetquim. Os dados estatísticos da previdência continuam a mostrar o negacionismo do atual governo com os direitos previdenciários e acidentários dos segurados, por falta de perícia e de fiscalização no trabalho

Escrito por Fetquim.

Continuam gritantes os dados apresentados pela Previdência no âmbito da acidentalidade e da contaminação, através dos Boletins Estatíticos Mensais da Previdência (BEPs), segundo análise da Assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim-CUT.  O dado que chama mais a atenção frente às 535 mil mortes por covid no Brasil, é que o reconhecimento por morte de covid por contaminação no local de trabalho não tem aparecido.  De janeiro a maio de 2020 durante a 1a. Onda da Convid foram concedidas somente 43 pensões por morte acidentária de qualquer tipo de acidente e incluída a covid, e em 2021, na segunda onda da covid,  nestes mesmos meses,  o registro, apesar de dobrar em relação ao ano anterior, foi de apenas 93 casos. Bom recordar que  em média falecem, em 5 meses,  1 000 trabalhadores por acidente ou doença profissional. Vê-se uma subnotificação enorme!

Os casos de invalidez previdenciária ( comum) até diminuiram em relação de um ano para outro: 2020 (jan a maio) foram 43.887 aposentados, e em 2021 foram 42.490 casos.  A invalidez acidentária  praticamente ficou empatada: 1.489 em 2020 e 1.553 em 2021.

O dado que mais apareceu de um ano para outro, com forte subnotificação,  é o número de auxílios doenças comuns e acidentários: Em 2020 foram concedidos em 5 meses (jan a maio) 690.508 auxílios de incapacidade laboral comum (previdenciários), e no ano de 2021 foram concedidos 795.669 casos. No caso de auxílios doenças acidentários,  foram 34.824 em 2020, e o dobro em 2021: 70.836.  Porém esses números  mostram o  negacionismo desse governo.  No Brasil todo houve 19,1 milhões de casos registrados por COVID, entre os quais  6 milhões de segurados com menos de 60 anos. Os benefícios de natureza acidentária, no entanto,  comparados com os 6 milhões de segurados contaminados  representou em 2021 : 1,17% dos casos registrados. Uma negação de direitos gritante!

Dirigentes químicos alertam quanto ao negacionismo constante do Governo Bolsonaro no campo de direitos previdenciários

Para Airton Cano (foto), coordenador Político da Fetquim-CUT, “ A política constante negacionista da pandemia, o corte constante de direitos trabalhistas e previdenciários mostrou a face cruel do governo Bolsonaro para com a classe trabalhadora!  Pior que em plena crise sanitária houve o corte deliberado das perícias médicas, e não houve o reconhecimento dos direitos previdenciários e no campo de Saúde do Trabalhador os auditores fiscais do trabalho foram impedidos de fiscalizar!”

Para André Henrique Alves, Secretário de Saúde da Fetquim, “ O negacionismo desse governo ocorreu desde o início da pandemia  pois não comprou testes, se recusou a comprar a vacina. Com o negacionismo matou muita gente que estava na ativa em atividades essenciais. Muitos companheiros que morreram contribuiram e não puderem usufruir dos benefícios. O negacionismo foi maior quando incentivou a população a tomar remédios ineficientes e foi contra o distanciamento social e o uso de máscaras. Pior, nunca visitou os hospitais para ver se o povo estava sofrendo!  Ele se preocupou com a “rachadinha” dos milicianos, impediu as investigações na CPI do superfaturamento (corrupção) das vacinas. Portanto: #FORA bozonavirus genocida.”

Para José Paulo dos Santos, o Paulão (foto), Secretário Geral dos Químicos do ABC, “ A covid tem trazido sofrimentos enormes para os trabalhadores. O INSS não quer reconhecer e negar constantemente os direitos previdenciários, sem falar na morosidade da Justiça do Trabalho. Os protocolos nos ambientes de trabalho devem ser sempre melhorados para que os trabalhadores não sejam infectados pela covid. Na realidade neste período todo como os números mostram os afastamentos por covid e mortes por covid devem ter superado os acidentes e doenças em geral. Pior, é que esses números não estão aparecendo por subnotificação desse governo cortador de direitos.”

 

Fonte: Dados do INSS e Boletins Estatísticos da Previdência Social.