Leia o que o trabalhador deve fazer no caso de perícia em mais este artigo da Assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim-CUT
MAIS UMA CRUELDADE DE BOLSONARO: PENTE FINO NO AUXÍLIO-DOENÇA E INVALIDEZ
Se não bastasse o ataque constante de direitos trabalhista e previdenciários do governo Bolsonaro na última semana de junho o INSS anunciou pente fino em 170 mil benefícios existentes.
Escrito por Assessoria de Saúde e Previdência da Fetquim-CUT
INSS ataca com novo pente fino
O INSS anunciou que fará perícia médica em mais de 170 mil benefícios de incapacidade, quer seja do antigo auxílio-doença, como das aposentadorias por invalidez. Guedes , ministro de Bolsonaro, continua atacando os direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores, com a ladainha de sempre, evitar fraudes. Destroça com isso a sobrevivência de trabalhadores doentes e inválidos e não adotando nenhuma medida anticíclica contra o desastroso desemprego divulgado pelo IBGE de 14, 7 milhões de pessoas.
Para Airton Cano (foto), coordenador da Fetquim-CUT, essa atitude do governo “ vem trazer mais sofrimento para os segurados da previdência que necessitam deste benefício para poder sobreviver e tratar de seus problemas de saúde. Pior de tudo que este governo não tem nenhuma moral, quando em plena pandemia , há uma séria denúncia de que estava em curso um processo de corrupção, segundo a CPI do Senado da Covid. Representantes do Ministério de Saúde do governo Bolsonaro estavam intermediando um pagamento por fora de 1 dólar para cada dose de vacina, em vez de acelerar a vacinação para que não continue esse morticínio de 520 mil mortes por covid no Brasil.”
Até a conservadora Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência considera como insensato “ fazer programas revisionais no meio de uma pandemia quando as pessoas estão mais necessitadas”, segundo o Jornal Agora ( 03.07.21). E os peritos dizem mais: “No meio de uma pandemia é uma crueldade”.
Dirigentes sindicais químicos denunciam mais esse golpe
Para André Henrique Alves, Secretário de Saúde da Fetquim-CUT alerta: “ a crueldade do governo Bolsonaro é permanente. Se não bastassem as milhares de mortes por covid-19, ele insiste em colocar em risco os trabalhadores . Tira benefícios daqueles que mais precisam por estarem doentes ou inválidos, e justamente num momento de desemprego crescente. “. André pede aos trabalhadores mobilização constante, como ocorreu em Campinas e na Paulista no último sábado, dia 03 de julho: “ O movimento Fora Bolsonaro está crescente. Precisamos continuar pressionando para acabar com a política fascista do Bolsonaro que quer a morte dos direitos dos trabalhadores e a destruição dos direitos previdenciários. Basta desse governo genocida.”
Para Paulo José dos Santos, o Paulão (foto), Secretário Geral dos Químicos do ABC, a revisão dos benefícios do INSS: “ é mais uma dor de cabeça para os trabalhadores, e pior que neste momento da covid as empresas não reconhecem os direitos acidentários prejudicando ainda mais os trabalhadores. Neste jogo de empurra, empurra entre empresa e INSS quem sai perdendo é o trabalhador. “ Paulão denuncia: “ O trabalhador só tem valor para a empresa quando está com saúde e produzindo e para o INSS quando está contribuindo. Mais uma maldade desse governo esse pente fino que impõe mais sofrimento aos trabalhadores no momento que mais precisa.”
Atenção que o trabalhador deverá adotar frente ao INSS no caso de perícia e pente fino
Todo o trabalhador da ativa ou em pente fino deverá estar mais atento a partir de agora quanto aos resultados da perícia médica:
– Fique atento ao serviço da internet do APP MEU INSS, que no item OUTROS SERVIÇOS, obrigatoriamente o INSS deverá dar o resultado da perícia no ícone: RESULTADO DE BENEFÍCIO DE INCAPACIDADE, no mesmo dia da perícia após as 21 horas.
– Tenha em mãos o maior número possível de documentos que comprove a situação médica e de saúde ( resultados de exames e laudos médicos), e em caso de dúvidas ligue para o número 135, ou atenda as solicitações feitas no APP Meu INSS.
– Garanta o reconhecimento em caso de contaminação por Covid-19, de origem laboral, do Auxílio de Incapacidade ( auxílio-doença). Numa pesquisa realizada pela Fetquim em parceria com a UNB foi constatado, na primeira onda da Covid, que de 10 casos estudados seis deles decorreram de contágio laboral. Isso permite garantir o benefício acidentário sem a exigência de carência de 12 meses de contribuição e garante ao contaminado após a alta a estabilidade no emprego por 1 ano ( Art. 118 da Lei 8213/91).
Com informações do jornal Agora ( 03.07.21)