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Manifesto BASTA!, Campanha Somos 70 por cento e atos antifascistas pelo país: FORA BOLSONARO ganha impulso no fim de semana

01/06/2020 às 14h50

Encerrando maio, o último final de semana foi marcado por movimentos que demonstram o limite da sociedade frente às atitudes cada vez mais autoritárias, arbitrárias e irresponsáveis de Bolsonaro e seu governo.

No sábado, o economista Eduardo Moreira comemorou a adesão popular à campanha #Somos70porcento, lançada por ele. “A hashtag #Somos70porcento imediatamente após o lançamento subiu para o primeiro lugar no Brasil. Fomos terceiro no mundo num dia onde muitas coisas estão acontecendo”, afirmou. Além da adoção imediata nas redes por pessoas conhecidas do campo democrático , a campanha rompeu a bolha e foi replicado por celebridades como Xuxa Meneghel.

A ideia de Eduardo Moreira transforma em marca uma probabilidade estatística. É baseada nas pesquisas que apontam um contingente de pessoas que ainda aprovam o governo Bolsonaro na casa dos 30%. Moreira observa que as pesquisas mostram a rejeição ao governo Bolsonaro subindo muito. Indicam ainda o apoio ao isolamento social se mantendo em patamares altos e que o #Somos70porcento pode chegar a 80% em breve.

“A ficha caiu. Fiquei impressionado que as pessoas estavam desanimadas, olhando para o outro lado e falando ‘poxa, mas é impressionante eles ainda têm 30%’. Foi então que eu percebi que os 30% estavam agindo cheios de firmeza e agressividade, como se fossem 70%. E nós que somos os 70%, nós, que queremos um país democrático, somos a maioria”, observa em vídeo do coletivo Mídia Ninja.

BASTA

Domingo amanheceu com os alguns dos principais jornais do país publicando o manifesto de página inteira intitulado “Basta!”. Nele, os juristas afirmam que “o Brasil, suas instituições, seu povo não podem continuar a ser agredidos por alguém que, ungido democraticamente ao cargo de presidente da República, exerce o nobre mandato que lhe foi conferido para arruinar com os alicerces de nosso sistema democrático.”

Ato antifascista vitorioso

Domingo à tarde, uma articulação de torcidas organizadas de futebol pela democracia fez um ato antifascismo. A manifestação uniu torcedores rivais em torno do repúdio ao fascismo e à escalada autoritária de Bolsonaro.

A manifestação foi puxada pela Gaviões da Fiel Torcida, Democracia Corintiana e outros movimentos antifascistas presentes em São Paulo. A proposta era demonstrar pacificamente que a manifestação dos bolsonaristas e de outras forças fascistas eram minoritárias nas ruas. “A maioria do Brasil quer DEMOCRACIA e a defesa dos VALORES CONSTITUCIONAIS”, afirma o movimento.

Por duas horas a manifestação seguiu pacífica  e as duas as torcidas corintianas e os movimentos presentes convocaram a dispersão. O Ato já havia sido vitorioso.

Segundo os organizadores, durante a dispersão, policiais militares passaram por dentro da linha de remanescentes do Ato escoltando um bolsonarista vestido de camisa polo amarela, provocando os manifestantes antifascistas e nesse momento, os conflitos começaram. A polícia soltou bastante bomba gás lacrimogênio, gás de pimenta e disparou balas de borracha contra os manifestantes.

“Com certeza o próximo vai ser maior e, aqui, o fascismo não reinará”, destacou, em nota, a coordenação do ato.

Ao menos sete capitais brasileiras registraram mobilizações de torcidas organizadas e movimentos sociais antifascistas, informa a Revista Fórum: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Vitória.