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Rede Sindical Weg reúne metalúrgicos e químicos

30/08/2013 às 17h47

Criada a primeira Rede de Trabalhadores intercategorias no País

Encontro realizado em Blumenau (SC) definiu a criação da rede sindical da Weg, multinacional que atua nos dois segmentos e emprega 20 mil no país, em 17 plantas.

Metalúrgicos e químicos estão construindo a primeira rede sindical intercategorias no Brasil. Trata-se da rede de trabalhadores da multinacional brasileira Weg, fabricante de motores elétricos e tintas. A formalização deste instrumento de organização, troca de experiências e unificação de lutas foi acertada em encontro de trabalhadores das bases sindicais de químicos e metalúrgicos, realizado nesta segunda-feira (5), em Blumenau (SC).

A atividade é mais uma etapa do projeto de redes sindicais desenvolvido pela DGB (central sindical alemã), em parceria com a CUT e o Instituto Observatório Sindical, com apoio da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e a Confederação Nacional dos Químicos (CNQ-CUT).

A atividade reuniu representante das bases metalúrgicas de Blumenau e Jaraguá do Sul (SC), ABC (SP) e Espírito Santo e das bases químicas de Jaraguá do Sul, ABC e Pernambuco. A Weg tem 17 plantas no Brasil e outras nove espalhadas pelo mundo, entre China, Europa, Estados Unidos e América do Sul. No total, emprega 26 mil trabalhadores, dos quais 20 mil no Brasil. Em 2012, faturou 6,1 bilhões de dólares e tem uma meta de chegar a 50 mil trabalhadores em 2020.

“O envolvimento efetivo das direções dos sindicatos de base para que este encontro ocorresse é prova da importância que as redes têm para a organização sindical dos trabalhadores”, avaliou o secretário geral e de Relações Internacionais da CNM/CUT, João Cayres.

Desigualdades
O secretário de Organização da CNM/CUT disse que um dos grandes desafios a partir da viabilização da rede de trabalhadores da Weg – cuja coordenação geral e representantes locais serão definidos em encontro em novembro – será a luta por igualdade de condições de trabalho e de salários. “Os salários de ingresso na empresa, por exemplo, variam de pouco mais de R$ 800 a R$ 1.700”, exemplificou, ressaltando que a empresa tem pouco mais de 50 anos e é um exemplo de um empreendimento bem-sucedido: “E os trabalhadores, responsáveis por esse sucesso, não podem ficar para trás”.

Ele apontou ainda outro desafio para a rede é o mesmo do movimento sindical como um todo: a organização no local de trabalho. “Um dos objetivos discutidos é o de que a rede possa fomentar a OLT, até com modelos diferentes dos que temos hoje, considerando-se que as representações das plantas possam ser um embrião dessa organização no chão das fábricas”, considerou Bira.

Por fim, Freitas e Cayres afirmaram que, além de consolidar a rede brasileira, um dos objetivos é o de que ela possa se transformar numa rede internacional.

Na reunião de Blumenau, a DGB estava representada por Flávia Silva e o Observatório Social, por Sheila Fernandes. A secretária de Formação da CUT/SC, Liliana Piscki, também esteve presente.

(Fonte: Solange do Espírito Santo – assessoria de imprensa da CNM/CUT)