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Retomada da luta: dias 11 e 13 terão atos em defesa da DEMOCRACIA

Escrito por: Redação
02/08/2022 às 21h26
Retomada da luta: dias 11 e 13 terão atos em defesa da DEMOCRACIA

A resposta às ameaças de golpe à democracia brasileira lideradas pelo presidente Bolsonaro será dada nas ruas de todo o país a partir deste mês. O presidente, eleito várias vezes pelas urnas eletrônicas, vem atacando o sistema eleitoral e os ministros das cortes superiores, e incentivando a violência política.

No dia 11 de agosto será realizada a “Mobilização nacional em defesa da democracia e por eleições livres”, organizada pelas centrais sindicais, movimentos populares, partidos políticos, estudantes e outras entidades da sociedade civil.

No dia 13 será a vez das mulheres irem às ruas de todo o país para lutar contra a fome, contra a violência contra a mulher e defesa da democracia. Elas vão denunciar os desmontes promovidos nos últimos anos que impactaram de forma mais profunda as brasileiras.

A retomada das manifestações populares nas ruas é parte de uma grande frente de toda a sociedade contra os constantes ataques à ordem democrática no Brasil. Os atos estão sendo organizados em todo o país. Locais e horários ainda serão definidos ao longo dos próximos dias, mas, em São Paulo, o ato do dia 11 já está confirmado para às 17h, na Avenida Paulista, em frente ao Masp.

Atos já estão marcados também em Salvador (BA), no bairro Campo Grande às 9h; em Goiânia (GO), na Praça Universitária, às 17h; e em Manaus (AM), na Praça da Saudade, às 15h.

Em São Paulo, antes, neste mesmo dia, será lida, às 11h, a Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!, iniciativa que teve origem na Faculdade de Direito da Universidade São Paulo (USP). O ato na USP terá participação da CUT, que será representada por seu presidente, Sérgio Nobre, além das demais centrais, dos movimentos populares e outras entidades.

A carta da USP é um manifesto em defesa do Estado Democrático de Direito e é aberta a toda a sociedade. Personalidades do meio jurídico, acadêmico, artístico e até empresarial, além de milhares de trabalhadores e trabalhadoras já assinaram o documento.

Os atos do dia 11 serão uma demonstração, nas ruas, de que a grande maioria da população rejeita qualquer tentativa golpista de prejudicar ou anular o processo eleitoral brasileiro.

Faça parte: assine o manifesto aqui

CUT e centrais sindicais também manifestaram apoio a outra iniciativa em defesa da democracia, capitaneada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

“A CUT vai apoiar todas as iniciativas, manifestos e ações feitas em defesa da democracia, do sistema eleitoral, das urnas eletrônicas, independentemente de onde se originaram”, afirmou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.

Dia 13, mulheres nas ruas por direitos

As mulheres, que já em 2018 expressaram oposição ao então candidato Jair Bolsonaro por seu histórico de misoginia, machismo e homofobia, reforçam a jornada pela democracia indo às ruas no dia 13 de agosto em todo o Brasil.

Além da defesa da democracia, as mulheres lutam contra os desmontes promovidos nos últimos anos que impactaram de forma mais profunda o segmento.

“As mulheres da CUT junto com movimentos feministas, movimentos sociais e partidos políticos farão atos no dia 13 tendo com pauta o combate à fome, a miséria, a reforma Trabalhista, contra a violência contra a mulher. O movimento ‘Vamos juntas pelo Brasil’ vem para reforçar e manter vivo esse espírito de luta, que é histórico em torno de uma luta, pela democracia, contra essa violência que estamos vivendo contra o povo brasileiro”, diz Juneia Batista, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT.

Defesa Permanente

A mobilização em defesa de democracia será permanente. Além dos dias 11 e 13 de agosto, no dia 7 de Setembro movimentos sociais voltam às ruas no tradicional Grito dos Excluídos. Três dias depois, o dia 10, CUT, centrais, movimentos populares e partidos políticos além de outras entidades da sociedade civil estarão nas ruas novamente em defesa da democracia, de eleições livres e contra a violência política.

Com informações da CUT Brasil