Comitê e brigadas digitais irão atuar junto aos trabalhadores e comunidades antes e depois das eleições na defesa da democracia, do emprego e da justiça social
A diretoria colegiada do Sindicato recebeu na manhã desta segunda-feira, 6 de junho, o dirigente sindical metalúrgico Valter Sanches, que foi secretário-geral do sindicato global IndustriALL de 2016 a 2021.
O dirigente abriu a atividade, que contou com a presença de lideranças sindicais da região e do deputado federal Vicentinho (PT-SBC). O presidente nacional da CUT, Sergio Nobre, compareceu também para lançar oficialmente o Comitê de Lutas da categoria química do ABC, junto com o presidente do Sindicato, Raimundo Suzart.
Desigualdade social e democracia
Em sua exposição, Sanches abordou a crescente concentração da riqueza global, acelerada pela pandemia de covid-19 e ao abusivo aumento de preços dos alimentos após início da crise na Ucrânia, e como governos, juízes, parlamentares e grande parte da mídia comercial atua para manter e normalizar essa situação, mesmo que isso coloque em risco a democracia.
“A democracia real é a democracia de inclusão da população no mercado de consumo. Para nós, a questão da democracia está na ordem do dia. A porteira já se abriu. O que aconteceu nos EUA, em janeiro de 2021, foi uma tentativa de insurreição para não aceitar o resultado eleitoral”, pontuou o dirigente.
Sanches também falou sobre mudança climática, transição da matriz energética, empregos verdes e a necessidade de lutar para que a saúde e segurança no trabalho seja considerado um dos direitos fundamentais da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A atividade foi transmitida pelo canal YouTube do Sindicato e a íntegra da exposição de Sanches pode ser conferida no vídeo acima.
Comitê de Lutas e a eleição de Lula
Sergio Nobre pontuou o papel importante que os comitês de luta e as brigadas digitais têm diante das próximas eleições e mesmo após o pleito.
Nobre ressaltou que nunca houve tanta miséria e crise social como agora no Brasil e que o movimento sindical precisa se aproximar das comunidades, tomar as ruas, melhorar o modelo de comunicação e ganhar a opinião pública para mudar toda essa situação.
“Vão tentar nos intimidar, reprimir, mas não podemos ter medo. Metade do povo brasileiro hoje é Lula, as pesquisas mostram isso. O Estado está fragilizado e o primeiro desafio de Lula é gerar emprego, vamos ter que reconstruir tudo, nossa tarefa é grande”, afirmou.
O presidente do Sindicato, Raimundo Suzart, chamou as lideranças sindicais presentes para se unirem a Sergio Nobre, Valter Sanches e a ele, na mesa, como símbolo do lançamento do Comitê de Lutas da categoria química do ABC, que se chamará “Comitê de Luta pela democracia, emprego e justiça social”.
Também foi distribuído um QR Code (veja abaixo) para que todos ingressassem às Brigadas Digitais da CUT, para receber e repassar os materiais que vem sendo feitos, sobretudo para combater as fake news, cenário que deve predominar durante todo o período eleitoral.
“Estamos lançando o comitê para fazer o debate nas ruas e fazer o enfrentamento nas redes para eleger Lula presidente e uma bancada grande no Senado e na Câmara que deem sustentação ao governo federal”, disse Raimundo.
“Se a gente não for pra rua para fazer o debate sobre a importância da democracia no nosso país, teremos outro golpe”, concluiu.
Na foto acima, junto à faixa, ao presidente Raimundo Suzart, Valter Sanches e Sergio Nobre estão lideranças sindicais do Sindicato dos Químicos de São Paulo, CUT São Paulo, Fetquim, CNQ-CUT, ICM, CUT Nacional, IndustriALL Global Union e FEM.